Sociedade de advogados é a melhor opção?

Sociedade de advogados é a melhor opção?

Quando se fala em sociedade de advogados, muitos jovens profissionais ainda se perguntam se esse tipo de arranjo é o mais interessante tendo em vista outras possibilidades de atuação, como advogar de forma autônoma ou se tornar um advogado corporativo. De antemão podemos adiantar que não existe uma resposta pronta e acabada para essa pergunta, pois tudo depende do contexto em que o profissional está inserido.

Ainda assim, nos arriscamos a listar quais as principais vantagens de fazer parte de uma banca de advogados já constituída ou buscar parceiros para formar uma. Além disso, também pontuar quais precauções e cuidados devem ser tomadas por quem pensa em aderir a essa opção. Não deixe de conferir!

O que é uma sociedade de advocacia?

Antes de qualquer coisa, é preciso ter um entendimento claro sobre o que é, afinal, uma sociedade de advogados na letra da lei. Nesse sentido, ao contrário do que alguns pensam, uma sociedade de advogados não é uma sociedade empresarial, que segundo o Código Civil é uma organização de direito privado organizado para produção de bens de quaisquer espécies.

Definitivamente, esse não é o caso de uma sociedade de advogados, que se encaixa na descrição de sociedade simples, que nada mais é que uma personalidade de direito privado, com finalidade lucrativa e que se presta a oferecer serviços de natureza técnica ou intelectual. Nesse caso, não há necessidade de registro da sociedade na junta comercial, somente deve haver inscrição da organização na secção correspondente da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.

Quais as vantagens em constituir uma sociedade de advogados?

Depois de esclarecermos o que são as sociedades de advogados do ponto de vista jurídico, podemos passar a tratar das vantagens de compor uma. Vejamos, a seguir, três pontos a esse respeito:

Credibilidade

Constituir uma sociedade de advogados com profissionais bem conceituados no mercado jurídico ou passar a compor uma organização já consolidada e com uma carteira de clientes pode agregar bastante credibilidade ao perfil profissional de um jovem advogado. Afinal de contas, quem ainda está dando os primeiros passos na carreira pode precisar desse tipo de auxílio ou associação para obter melhores oportunidades.

Crescimento profissional

Outro ponto a ser destacado tem a ver com o crescimento profissional. Na linha do que vinha sendo dito no tópico anterior, é importante para qualquer jovem profissional ser, em alguma medida, tutelado por advogados mais experientes. E isso pode e deve acontecer também sob o ponto de vista da atuação profissional, o que envolve a elaboração de peças processuais, montagem de estratégias jurídicas para dar encaminhamento aos casos acompanhados, interpretação da legislação e jurisprudência, entre muitos outros aspectos.

Diminuição de riscos

Encarar a empreitada de abrir o próprio escritório já nos primeiros anos de profissão pode não ser o mais indicado, seja pelas dificuldades de sobreviver em um mercado tão competitivo de forma autônoma, seja pelas dificuldades inerentes a administração do próprio negócio. Sim, um escritório de advocacia é uma empresa como qualquer outra e deve ser gerido de forma profissional.

Tendo isso em vista, compor uma sociedade pode ser uma forma de diminuir riscos. O capital investido, por exemplo, não será provido de apenas um sócio e sim de dois ou mais. A mesma lógica pode ser aplicada às atribuições administrativas do negócio, que estarão sob a responsabilidade de mais de uma pessoa. Tudo isso aumenta as chances de sucesso da banca de advogados.

Quais precauções tomar?

Como você pode perceber são muitas as vantagens de fazer parte de uma sociedade de advogados. Ao mesmo tempo, algumas precauções devem ser tomadas por quem está sondando ingressar em uma. Primeiramente, o que deve ser fonte de maior preocupação são os sócios escolhidos. Isso porque, quando se vai constituir qualquer parceria de negócios, deve haver um bom alinhamento em termos de anseios e pretensões de todas as partes envolvidas.

De nada adianta, por exemplo, determinado sócio querer dirigir as ações do escritório para a área cível enquanto você deseja que todas as demandas absorvidas sejam na área trabalhista. Esses e outros tipos de incompatibilidades podem colocar tudo a perder e devem ser equacionadas na fase ainda de planejamento e estruturação do novo negócio.

Outro ponto relevante diz respeito à viabilidade financeira do negócio. Deve haver uma planejamento de médio e longo prazo que preveja custos e receitas, de modo que a operação do escritório seja rentável para todos.

Depois de conferir todas as nossas dicas sobre sociedade de advogados, convidamos você para conferir mais um artigo de nosso blog, desta vez sobre: 3 dicas para atrair e conquistar mais mercado.